Escolher entre um medicamento genérico, similar ou de referência é uma dúvida comum para muitas pessoas ao comprar remédios. Leyla Passos, farmacêutica do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), esclarece que todos esses tipos de medicamentos têm os mesmos princípios ativos e causam os mesmos efeitos no organismo, podendo ser usados por qualquer pessoa com prescrição médica. A principal diferença está no preço e na empresa que fabrica o medicamento.
Os medicamentos de referência, ou originais, são resultado de anos de pesquisas e estudos que comprovam sua eficácia e segurança. O preço mais alto desses medicamentos é justificado pelos custos de desenvolvimento e pelo direito de exploração comercial exclusiva por 20 anos, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após esse período, outras empresas podem fabricar e vender o medicamento como genérico, identificado com uma tarja amarela e a letra “G”. Os genéricos são obrigatoriamente mais baratos, proporcionando maior acesso à população.
Os medicamentos similares são, basicamente, genéricos com marca. Eles contêm os mesmos princípios ativos e devem passar por testes que comprovem sua eficácia. A diferença está na embalagem e no nome comercial, e não há obrigação de serem mais baratos. Na farmácia, é possível substituir um medicamento de referência por um genérico ou similar, e vice-versa, sem prejuízo ao tratamento. A recomendação é focar na relação custo-benefício ao escolher o medicamento.