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Vigilância Sanitária orienta sobre cuidados alimentares durante as festas juninas em Alagoas

Precauções essenciais para garantir a segurança dos consumidores ao desfrutar de alimentos típicos à base de milho
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Imagem: Carla Cleto / Ascom Sesau

Com a chegada das festas de Santo Antônio, São João e São Pedro em Alagoas, a tentação de consumir alimentos tradicionais à base de milho se torna irresistível. Para garantir a segurança alimentar dos alagoanos, a Vigilância Sanitária Estadual destaca os principais cuidados que devem ser observados ao consumir canjica, pamonha e milho verde nas festividades realizadas na capital e no interior.

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Um dos primeiros passos para os consumidores é verificar as condições do local onde os pratos típicos estão sendo vendidos. Também é fundamental observar se o vendedor está manipulando e armazenando os produtos corretamente. Essas são dicas fornecidas por Paulo Bezerra, gerente da Vigilância Sanitária Estadual.

O local de venda deve estar limpo, e o vendedor deve utilizar bata, luvas, touca e ter as unhas cortadas. Além disso, é importante que o manipulador dos alimentos não tenha contato direto com o dinheiro durante a comercialização dos produtos. Paulo Bezerra ressalta que esses cuidados são essenciais para evitar a contaminação dos alimentos e proteger a saúde dos consumidores, prevenindo problemas como diarreia.

O consumo de milho, alimento característico do período junino, também requer precauções. No caso do milho assado, é recomendado evitar partes muito queimadas, pois a carbonização pode ser prejudicial ao sistema digestivo. Ao comprar milho cru, deve-se observar a coloração do “cabelo”, que deve ser próxima ao amarelo, e verificar se o grão não está excessivamente duro quando pressionado. Isso indicaria que o produto já está velho.

Paulo Bezerra acrescenta que alguns alimentos devem ser evitados durante as festas juninas, como a maçã do amor. Esse doce, também conhecido como maçã caramelizada, muitas vezes contém corantes cancerígenos em sua fórmula, além de serem utilizados para disfarçar imperfeições da fruta.

Outros alimentos, como salsichão, devem ser evitados devido à propensão à infecção pela bactéria listeria monocytogenes, que pode causar abortos em até 12 horas após a contaminação. No caso de produtos como pastéis, esfihas e empadas, é importante verificar como estão sendo armazenados e certificar-se da data de produção. Esses alimentos devem ser consumidos em até 24 horas após o preparo, evitando-se comprar e consumir produtos fabricados há mais tempo, pois há um alto risco de infecção intestinal.

Em relação às bebidas alcoólicas, é essencial nunca consumi-las se forem vendidas em carrinhos sem rótulos. Nesses casos, não é possível saber a procedência da bebida, o que pode causar danos graves à saúde e dificultar o tratamento médico adequado.

Paulo Bezerra ressalta a importância da higiene das mãos, especialmente durante eventos sociais com contato físico, como o tradicional aperto de mãos. Antes de consumir qualquer alimento, é fundamental seguir a regra básica ensinada desde a infância: lavar as mãos com água e sabão ou álcool a 70%.

O gerente da Vigilância Sanitária Estadual enfatiza que, seguindo os cuidados necessários, as festas juninas podem ser aproveitadas com responsabilidade. Ele destaca que essas festividades fazem parte da tradição e da identidade cultural do Nordeste, e os alagoanos devem celebrar, mas com atenção à proteção e prevenção, para que as festas não resultem apenas em danos à saúde.

MaceióBrasil