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Varíola dos macacos: Alagoas investiga 4 casos suspeitos

Pacientes são dois homens, uma mulher e uma criança que deram entrada no Hospital Hélvio Auto nesta semana e receberam orientação para cumprir isolamento em casa; não há caso confirmado.
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Imagem: Reprodução/YouTube

Quatro casos suspeitos da varíola dos macacos (monkeypox) estão sendo investigados em Alagoas. O Hospital Escola Dr. Helvio Auto, referência no estado em tratamento de doenças infectocontagiosas, informou nesta sexta-feira (29) que recebeu os pacientes nesta semana, todos com sintomatologia suspeita da doença, mas que nenhum caso foi confirmado até o momento.

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É a primeira vez que o Estado confirma casos suspeitos da varíola dos macacos. A divulgação acontece no mesmo dia em que o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte no país causada pela doença, de um homem de 41 anos. Esse foi o primeiro óbito fora da África registrado no atual surto da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os pacientes de Alagoas são dois homens, uma mulher e uma criança do sexo masculino. De acordo com o Hospital Helvio Auto, nenhum deles necessitou de internação. Os 4 aguardam resultados dos exames em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o hospital em Maceió, que é ligado à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), os pacientes foram submetidos a colheita de amostras pelo Lacen para investigação laboratorial, seguindo orientação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama (veja mais detalhes sobre a transmissão).

Os sintomas da varíola dos macacos

A OMS explica que o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.

A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos. Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:

  • Febre;
  • Dor de cabeça forte;
  • Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”);
  • Dor nas costas;
  • Dores musculares;
  • Falta de energia intensa.

Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.

As feridas costumam se concentrar no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.

Os médicos relatam que, no surto atual, as lesões têm sido mais frequentemente encontradas na região do ânus e dos genitais.

Elas surgem como feridas planas e, com o passar do tempo, formam pequenas bolhas com líquido dentro. Depois, ganham uma casquinha.

Mas o paciente pode ter apenas uma vermelhidão na pele que se assemelha a uma irritação.

O número de marcas cutâneas varia bastante: alguns pacientes apresentam poucas, enquanto outros chegam a ter milhares.

MaceióBrasil