A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está orientando a população alagoana sobre medidas para prevenir surtos de cólera no Estado, após o Ministério da Saúde (MS) confirmar um caso em Salvador (BA), marcando o retorno da doença ao país após 18 anos sem diagnóstico positivo. Em Alagoas, não há registros de casos autóctones desde 2001, sendo os últimos registros nos anos de 1992, 1993 e 1994, totalizando mais de cinco mil casos.
A cólera é uma infecção intestinal aguda transmitida por meio de alimentos e água contaminados com fezes, diretamente relacionada à higiene e ao saneamento básico. Pode se manifestar de forma assintomática ou apresentar sintomas graves, como diarreia aquosa, vômitos, dor abdominal e cãibras, podendo levar à desidratação intensa e complicações graves se não tratada adequadamente.
A gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Waldinéia Silva, destaca que o Estado realiza monitoramento semanal para controle da doença, coletando fezes que são encaminhadas para análise no Lacen/AL (Laboratório Central de Alagoas). O controle é feito através de diagramas que demonstram o risco de surto em cada município.
Waldinéia Silva enfatiza que a cólera é transmitida por via fecal e oral, através da ingestão de água ou alimentos contaminados, bem como por contato direto com pessoas ou objetos infectados. O tratamento consiste na administração oral de líquidos, soro caseiro ou soluções reidratantes farmacológicas para evitar a desidratação e complicações graves.
Para prevenir a cólera, a gerente da Sesau destaca a importância de medidas simples de higiene, como lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro, higienizar os alimentos, evitar o consumo de alimentos crus e realizar a desinfecção de frutas e verduras com hipoclorito. Essas medidas são essenciais para evitar o retorno da doença ao Estado e proteger a saúde da população.