O rendimento médio mensal da população alagoana caiu de R$ 1.524 para R$ 1.396, em 2021. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda em Alagoas chegou a 9,5%, na comparação com o ano de 2020, e é quase o dobro da redução observada na renda média nacional (-5,1%). Alagoas é quinto estado do Nordeste com a maior perda de renda média mensal.
Estados do Nordeste com maiores perdas
- Bahia (-15,42%)
- Ceará (-14,36%)
- Sergipe (-11,09%)
- Pernambuco (-9,71%)
- Alagoas (-9,5%)
No país, as regiões que registraram as maiores perdas em 2021 são as regiões Nordeste (-10,9%) e Norte (-7%).
Segundo o IBGE, o rendimento de todas as fontes é composto pelo valor recebido no mês de referência da pesquisa de todos os trabalhos e também de outras fontes não oriundas do trabalho, isto é, de programas sociais do governo, como o Bolsa Família; BPC-LOAS; aposentadoria ou pensão; aluguel e arrendamento; pensão alimentícia; doação e mesada de não morador.
Além disso, também são incluídos outros rendimentos, tais como rentabilidades de aplicações financeiras, bolsas de estudos, direitos autorais, exploração de patentes e etc.
Rendimento médio do trabalhador
A pesquisa também registou queda no rendimento médio mensal da população com idade para trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais, sem as outras fontes de renda. Nesse item, a queda em Alagoas foi de 9%, passando de R$ 1.780, em 2020, para R$ 1.620, em 2021.
O comportamento histórico da pesquisa aponta crescimento de 10,4% entre 2012 e 2014, queda de 4,1% em 2015, nova queda de 4,1% em 2016 e em 2017 o IBGE registrou queda de 3%. Somente em 2018 é que houve uma alta de 11,4%, quando rendimento chegou a R$ 1.751.
Entre as unidades da federação, somente a Bahia (-20,35%), o Ceará (-10,24%) e o Espírito Santo (-9,75%) registraram perdas maiores em 2021. No Brasil, o índice foi de -6,2%.