Durante o período chuvoso, a presença de caramujos africanos se torna comum em várias regiões de Alagoas, representando um risco à população devido à capacidade de transmissão de doenças como a meningoencefalite. Esses animais foram introduzidos ilegalmente no Brasil na década de 1980 para serem utilizados como escargot, mas acabaram sendo descartados quando não tiveram boa aceitação. O biólogo Carlos Fernando, da Unidade de Vigilância e Zoonoses de Maceió, explica que os caramujos colocam ovos no verão e, com a chegada das chuvas, esses ovos eclodem, resultando na proliferação dos caramujos.
Esses caramujos são uma praga de difícil controle, devido à rápida reprodução e à ausência de predadores naturais. Considerados pela OMS como uma das 100 piores pragas do mundo, os caramujos africanos causam problemas econômicos, ambientais e de saúde pública. Em bairros como a Jatiúca, em Maceió, moradores estão alarmados com a quantidade de caramujos nas ruas. Josival de Oliveira, morador local, relatou a presença massiva dos animais em suas paredes e no chão, o que aumenta o risco de contato com o muco do caramujo, transmissor de doenças graves como a meningoencefalite e a estrongiloidíase.
Para lidar com a infestação, é necessário seguir orientações específicas para evitar a disseminação das doenças. Não deve-se pegar os caramujos sem proteção adequada, como luvas ou sacos plásticos, e é importante lavar bem as hortaliças antes do consumo. Além disso, os caramujos e seus ovos devem ser coletados e destruídos de maneira segura. Estas medidas são essenciais para proteger a saúde pública e controlar a praga de caramujos africanos, que se tornam mais ativos e visíveis durante os períodos de chuva.
