O Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Alagoas (SindCFC-AL), em Assembleia Virtual Extraordinária, na última sexta-feira, 10, discutiu os valores cobrados pelo setor para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que não são atualizados desde 2015. O reajuste começa a valer a partir do dia 20 deste mês.
Alagoas é o estado que possui a CNH mais barata do Brasil. Em média, o candidato a condutor tem que investir R$ 1.200,00 para conseguir uma habilitação na categoria B, que o autoriza a dirigir automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.
Esse custo poderia ser bem maior, tendo em vista a portaria nº 1982/15, que norteia o preço a ser cobrado pela prestação do serviço das autoescolas. Desde a publicação, o valor cobrado pelas empresas não sofreu reajuste, mesmo com o aumento dos insumos, principalmente do combustível e aquisição de novos veículos.
Para João Batista, presidente do SindCFC Alagoas, a atualização do serviço é respaldada em levantamentos realizados por um estudo técnico. “O valor do serviço prestado pelo setor autoescola tem como base estudo técnico realizado pelo Sebrae no ano de 2015, que determinou o preço mínimo e máximo a ser cobrado pela CNH. A pretensão é atualizar os valores tendo como base esse levantamento, haja vista a crescente alta nos valores de insumos que usamos diariamente”.
Com o estudo é possível determinar o custo da hora aula em seu valor máximo, levando como base apenas a categoria B, hoje, a CNH em Alagoas deveria custar R$ 2.967,90, para comportar todos os custos que as empresas possuem. Para o aluno está hábil para retirar sua habilitação são necessárias 45 horas/aulas teóricas e 20 horas/aulas na prática de direção.
Para os candidatos que precisam tirar a CNH para moto (categoria A) o serviço custa R$ 977,00. Enquanto aquele que pretende se habilitar para carro e moto (categoria AB) deve investir um valor de R$ 1.679,00.
A taxa do Detran/AL para os futuros motoristas têm reajuste anual. Em 2021 a taxa estadual custa R$ 397,52 para cada candidato. Por essa razão, as empresas também encontram dificuldades para reajustar os valores cobrados pelas aulas teórica, prática e o simulador de direção.
Fonte: Ascom