Os mais de 100 jacarés-de-papo-amarelo encontrados em situação de maus-tratos em Fernão Velho, em Maceió, ainda estão no criatório onde foram abandonados à espera de uma solução. Técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL) estiveram no local nesta segunda-feira (13) e informaram que estudam alternativas para a retiradas dos animais.
São animais que estão vivendo em condições precárias, sem alimento e sem água potável para beber. Os sobreviventes estavam se alimentando das carcaças de jacarés já mortos e estão em estado severo de desnutrição.
Equipes do IMA estiveram no criatório na sexta-feira (10) e constataram que os animais estão com a saúde muito fragilizada e que a reintrodução à natureza é inviável. O sacrifício dos jacarés não é descartado.
O IMA informou que os jacarés-de-papo-amarelo foram abandonados no local há pelo menos seis meses. Na primeira contagem, 144 jacarés foram achados no criatório em Fernão Velho, sendo 139 vivos e cinco mortos. No entanto, existe a possibilidade de mais animais estarem vivendo no local.
Responsabilidade por abandono
A responsável pelo criatório foi identificada e autuada por maus-tratos, por operar com a licença ambiental vencida e por captação de água irregular. O nome dela não foi divulgado. Ao todo, foram R$ 497.720 mil em multa.
De acordo com o IMA, foram emitidas intimações e, em uma delas, foi determinado que a proprietária apresentasse um plano de alimentação dos animais, sob pena de multa caso nada fosse feito até esta segunda-feira.
O jacaré-de-papo-amarelo tem o nome científico Cayman Latirostris. A exploração, através de criatórios licenciados, é legalmente possível. Entretanto, o manejo deve seguir as orientações técnicas de profissionais especializados.
