O Instituto de Identificação de Alagoas anunciou, nesta terça-feira (18), que a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) poderá incluir o símbolo do girassol para identificar pessoas com deficiências ocultas. A iniciativa tem o objetivo de tornar o cotidiano dessas pessoas mais acessível e evitar constrangimentos em locais públicos, como filas e transportes coletivos.
O órgão, que é vinculado à Polícia Científica, reforça que essa medida promove respeito e conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência, facilitando a identificação em diversas situações e garantindo maior visibilidade à causa.
A deficiência oculta, também chamada de deficiência invisível, inclui condições não perceptíveis à primeira vista, mas que impactam a vida diária, como deficiência cognitiva, Transtorno do Espectro Autista (TEA), perda auditiva, fibromialgia, diabetes, esclerose múltipla, fadiga crônica, dor crônica, ansiedade e depressão.
De acordo com o superintendente do Instituto de Identificação de Alagoas, Antônio Ferreira, só em 2024 foram emitidas 9.420 CINs para pessoas com deficiência no estado. Do total, 62,03% eram para cidadãos com TEA, seguidos por pessoas com deficiência intelectual (22,01%), física (7,10%), visual (4,70%) e auditiva (4,16%). Ferreira destaca que a inclusão do símbolo do girassol reforça a importância da documentação acessível e fortalece a inclusão social.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, indicam que cerca de 18,6 milhões de brasileiros com mais de dois anos possuem alguma deficiência. Antes da mudança, a CIN já permitia a inclusão dos símbolos de deficiência visual, auditiva e TEA.
Para solicitar a inclusão do símbolo do girassol, a pessoa com deficiência oculta deve fazer o agendamento em um dos postos do Instituto de Identificação e apresentar laudos médicos no dia do atendimento.