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Hospital do Coração Alagoano já realizou mais de 300 cirurgias de marcapasso desde a inauguração

Falta de referência aos pacientes do SUS que necessitavam do procedimento gerava uma fila de espera que não existe mais
Hospital do Coração Alagoano
Imagem: Anderson Oliveira
Depois que o Hospital do Coração Alagoano passou a realizar o implante de marcapasso, a fila de espera não existe mais

Para 325 alagoanos que possuíam algum tipo de arritmia cardíaca grave que causava uma mudança dos batimentos, o implante de um marcapasso ou CardioDesfibrilador Implantável (CDI) representou uma mudança de vida. O número contabiliza o quantitativo de procedimentos cirúrgicos de implante de marcapassos e CDIs realizados desde a inauguração do Hospital do Coração Alagoano, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e situado em Maceió.

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“A falta de referência na assistência aos pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde] que necessitavam do procedimento gerava uma fila de espera que hoje não existe.

O Hospital do Coração Alagoano é a unidade pública que é referência para este procedimento e muitos outros da área cardíaca”, ressalta Otoni Veríssimo, diretor-geral da unidade hospitalar.

De acordo com o gestor, as doenças cardiovasculares correspondem ao grupo de patologias que mais matam no mundo. “Por isso, o Governo de Alagoas, preocupado com esse cenário, entregou à sociedade o Hospital do Coração Alagoano, uma unidade especializada nos tratamentos das doenças do coração, entre elas as arritmias. Nosso hospital possui uma infraestrutura e parque tecnológico para o tratamento específico dessas doenças e, em Alagoas, não existe mais fila para implante de marcapasso, uma vez que o alagoano que precisar do procedimento terá seu tratamento garantido aqui no hospital”, garantiu o gestor.

O que acontece com o coração

O cirurgião cardíaco Kleberth Tenório pontuou que a arritmia cardíaca é a falta da alteração do ritmo dos batimentos do coração, colocando o paciente sob um risco de desmaios súbitos ou paradas cardíacas. Ela pode ser provocada por um desequilíbrio do sistema elétrico do órgão, que pode ter origens diversas, desde a infecção pela doença de Chagas, até arritmias após um infarto agudo do coração. “Quando é detectado algum problema, pode surgir a necessidade de implantação do marcapasso definitivo para devolver os batimentos normais do coração. O aparelho vai, então, ser instalado no peito do paciente e, através do sistema endovenoso, com implante de eletrodos dentro do coração, haverá a regular dos batimentos cardíacos”, explicou o especialista.

Segundo  Kleberth Tenório, o implante do marcapasso é um procedimento de baixa complexidade, em que a pessoa pode ir para casa no dia seguinte, na grande maioria dos casos. Sendo importante um repouso relativo no primeiro mês após o implante, e uma vida absolutamente normal após esse período, sendo regularmente acompanhado pelo seu cardiologista.

MaceióBrasil