Dia a dia, plantão a plantão, dois profissionais de enfermagem utilizam o Protocolo de Manchester para realizar a triagem dos pacientes que chegam a Área Azul do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Isso porque, caso não seja uma situação de emergência, o paciente passa, primeiro, pela Classificação de Risco antes de ser registrado. A intenção é, analisando a queixa do paciente, direcioná-lo para a unidade de saúde específica para o caso.
Para se ter uma ideia, no dia 26 de julho, , a porta de entrada da Área Azul da unidade registrou 16 pessoas redirecionadas para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), por não se encaixarem no perfil de emergência, que é o foco do atendimento prestado pela maior unidade hospitalar alagoana.
O professor L.A.S., de 55 anos, foi um deles, uma vez que precisava de uma cirurgia no rim direito e, por se tratar de um caso eletivo, foi orientado a procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de sua residência, no município de origem, para passar por um clínico geral, que faz o encaminhamento via Sistema de Regulação.
Aqueles que não têm perfil para atendimento no HGE são acolhidos pela Classificação de Risco e orientados a procurar outras unidades de saúde para receber atendimento, segundo destaca a enfermeira Janiery Batista, responsável pela Área Azul do HGE. “No caso das UPAs, que prestam assistência pré-hospitalar de urgência, sugerimos ao usuário procurar a unidade mais próxima de sua residência”, salienta a profissional.
Janiery Batista especifica que o paciente que chega ao HGE regulado passa pela Classificação de Risco, onde é feita a triagem e, em seguida, é encaminhado para o Registro, onde são solicitados todos os seus dados. “O paciente não volta para a Classificação de Risco, exceto em casos de retorno médico. Na folha impressa fica registrada a cor do atendimento e lá é entregue a senha de atendimento”, acrescenta a enfermeira da Área Azul.
Quando procurar o HGE?
Ricardo Calado, diretor médico do HGE, ressalta que a unidade hospitalar deve ser procurada em casos de choque, fraturas expostas, traumas, dor torácica e perfuração por arma de fogo ou arma branca. Pelo perfil do HGE também devem ser assistidos usuários com alteração súbita de consciência, obstrução das vias aéreas, convulsões, dor intensa, grande e médio queimado, entre outros casos graves.
“O fluxo de atendimento na Classificação de Risco do HGE é realizado de forma informatizada e unidirecional, por meio do Sistema Gesthosp, representando um grande avanço para a base de dados do hospital. Nosso sistema é completo, baseado no Protocolo de Manchester, e atualizado diariamente pelas enfermeiras da Classificação de Risco, em conjunto com a equipe da TI [Tecnologia da Informação] e do Suporte de Sistemas”, enfatiza Ricardo Calado.