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Ame-se: Programa de reconstrução mamária completa 1 ano em Alagoas

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Imagem: Carla Cleto

Nesta terça-feira (25) fez um ano da primeira cirurgia realizada pelo Programa Ame-se, que ajuda mulheres alagoanas a recuperarem sua autoestima, por meio da reconstrução mamária, após passarem pelo câncer de mama e terem o seio ou uma parte dele removidos. No total, 19 mulheres iniciaram o processo de reconstrução, sendo que, algumas delas passaram por mais de um procedimento cirúrgico.

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O programa, que tem a intenção de zerar a fila de espera pela cirurgia em todo o Estado, foi implementado no dia 23 de outubro de 2020. A primeira cirurgia foi realizada em janeiro de 2021, no Hospital Regional da Mata (HRM), localizado no município de União dos Palmares.

A primeira paciente a realizar o sonho de ser contemplada com a reconstrução mamária foi Maria Fernanda Matias, atualmente com 40 anos. Ela relata que o procedimento a ajudou na melhora da autoestima e que ficou muito feliz com o resultado final.

“O processo das consultas até a cirurgia foi muito tranquilo e superou minhas expectativas. Quando fiz a reconstrução, eu tive uma rejeição na minha mama, daí passei por um novo procedimento, onde fiz um enxerto de gordura, fiz a primeira etapa e estou para fazer a segunda etapa agora em março. Estou muito bem, graças a Deus e ansiosa para fazer a etapa final”, relatou.

Em 22 de março de 2021, o Ame-se passou por uma pausa, devido ao aumento dos casos da Covid-19 em Alagoas. Em julho, entretanto, após a redução do número de casos do novo coronavírus, da curva de contágio e das internações hospitalares, o programa foi retomado.

A mastologista e coordenadora do Ame-se, Francisca Beltrão, explica que o programa proporciona para as mulheres mastectomizadas [que tiveram a retirada total ou parcial da mama], além da autoestima, a devolução da própria sexualidade. “O depoimento delas é importante e mostra que melhorou muito a vida conjugal, além da socialização, onde agora elas colocam um biquíni, um decote, coisas que parecem corriqueiras, mas, para elas, era um tabu”, afirma.

Ainda de acordo com a médica, infelizmente, devido ao medo, muitas mulheres que foram mastectomizadas não procuram a cirurgia para reconstruir a mama. Isso porque elas já passaram por um processo lento e doloroso quando foram diagnosticadas com o câncer de mama e não querem mais passar por outras cirurgias.

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, ressalta que o programa é de fundamental importância para que as alagoanas que passaram pelo câncer de mama possam recuperar a autoestima. “O Programa Ame-se tem o objetivo de devolver uma melhor qualidade de vida para as mulheres alagoanas que sofreram com o câncer de mama e hoje estão curadas. Ele virou uma política pública em Alagoas. Sem dúvida nenhuma, é o primeiro Estado do Brasil que tem adotado essa sistemática de operar as mulheres a partir da reconstrução mamária, mulheres mastectomizadas, para que elas tenham o direito de serem cuidadas, tratadas e, caso necessitem e queiram, de reconstruir suas mamas e resgatar a autoestima e o seu sentido de viver”, disse.

O Programa Ame-se atende mulheres que estão na fila de espera para terem o seio reconstruído e já concluíram o tratamento do câncer. Para ser incluída no programa, basta a paciente procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de origem e pedir para ser encaminhada por meio do Sistema de Regulação (SISREG) do Estado. As cirurgias são realizadas no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), localizado no bairro Cidade Universitária, em Maceió.

MaceióBrasil