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Alagoano passou a beber mais e ganhou peso durante a pandemia, diz pesquisa

Baseado em dados do MS, a pesquisa mostra que taxa de mulheres que começaram a beber foi maior do que a dos homens
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Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17), pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), revela a população alagoana ganhou peso e aumentou o consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 2020 — primeiro ano da pandemia de Covid-19. Baseada na Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, a pesquisa revela que naquele ano, 16,1% da população da capital alagoana consumiu álcool, contra 15,2% que ingeriram bebidas alcoólicas no ano anterior.

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De acordo com a pesquisa, 20,6% dos homens consumiram álcool, contra 12,5% das mulheres. Entretanto, o aumento de mulheres que passaram a beber foi maior do que o dos homens. Enquanto a taxa entre o público masculino aumento 2,3 pontos percentuais entre um ano e outro, o avanço entre as mulheres foi de 4,2 pontos percentuais.

Apesar do crescimento do consumo de bebida alcoólica, Maceió aparece com o terceiro menor percentual do País entre as capitais. Manaus registrou o menor consumo de álcool, com 12,7%, seguido de Fortaleza (15,5%). Já Salvador encabeça o ranking com o maior consumo, com 27,2%, seguida de Florianópolis (26,7%), Goiânia (24,6%) e Distrito Federal (24,3%).

A pesquisa também revela que a pandemia desencadeou a elevação da taxa de maceioenses com com obesidade. Enquanto em 2019, esse índice era de 20%, no primeiro ano da pandemia, a taxa subiu para 22,3%. Nesse quesito, o aumento no ganho de peso foi maior entre o público masculino, com 4,4 pontos percentuais, quanto que entre as mulheres, a taxa foi de 0,6% p.p.

No ranking entre as capitais, Manaus foi a que apresentou o maior percentual, com 24,9%, seguida de Cuiabá (24%), Rio de Janeiro (23,8%), São Paulo (23,6%) e Recife (23,3%). As menores taxas foram registradas em Goiânia (14,8%), São Luís (16,8%), Palmas (16,9%), Belo Horizonte (17,1%), Florianópolis (17,6%) e Curitiba (17,9%).

“As tendências de obesidade chamam atenção, especialmente porque até 2011, nenhuma capital tinha uma prevalência de obesidade acima de 20%, enquanto em 2020 o Vigitel levantou 16 capitais acima dessa marca”, aponta a pesquisa.

Segundo o documento, com o agravamento da pandemia da Covid-19 ao longo de 2020 e de suas consequências, como o aumento da insegurança alimentar e o represamento de serviços de saúde no ano de 2020, é possível que a tendência generalizada de piora nos indicadores se mantenha e este gradiente socioeconômico tenha se acentuado.

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