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São Paulo celebra união de culturas em pontos de observação das cerejeiras

Com maior bosque de cerejeiras fora do Japão, a cidade assiste o florescer das "sakuras" em agosto. Flor considerada símbolo da efemeridade e beleza graças ao seu curto tempo de floração e cores exuberantes
São Paulo celebra união de culturas em pontos de observação das cerejeiras
São Paulo celebra união de culturas em pontos de observação das cerejeiras
Imagem: São Paulo celebra união de culturas em pontos de observação das cerejeiras
São Paulo celebra união de culturas em pontos de observação das cerejeiras

Ao contrário do Japão, no Brasil, a temporada da floração das chamadas “sakuras” (flores de cerejeira), considerada símbolo da cultura nipônica acontece no mês de agosto e é marcada por celebrações e atividades típicas deste momento. Um dos eventos mais aguardados todos os anos desde 1970 é a Festa das Cerejeiras do Parque do Carmo, reconhecido como segundo maior bosque de cerejeiras do mundo fora do Japão com cerca de 6 mil árvores.

A cidade de São Paulo também abriga um contingente de cerejeiras no Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera, na região central. Construído em 1954, o pavilhão é uma doação do governo japonês e da Comunidade Nipo Brasileira para a cidade. Além de celebrar a união entre as duas culturas, o pavilhão se tornou um espaço buscado pelos paulistanos para observar as cerejeiras durante o hanami – hábito de contemplar as flores de cerejeiras em grupo.

Para além das festas e celebrações em torno de sua floração, a sakura tem uma presença marcante na arte japonesa, sendo frequentemente retratada em pinturas, gravuras, cerâmica, além de roupas e acessórios. Considerada patrimônio natural do Japão, essa flor ganha espaço em duas obras da exposição Japão em Miniaturas – Tatsuya Tanaka, em cartaz na Japan House São Paulo, instituição dedicada a promover a cultura japonesa em diversas formas. Na primeira, tecidos recriam a estética das pétalas rosadas, distribuídas sob uma superfície azul em um cenário de um casal navegando uma pequena jangada. Na segunda, papéis cortados fazem uma alusão às cerejeiras e suas pétalas em meio à prática do hanami em um parque. Ambas são criação do fotógrafo e miniaturista japonês, conhecido nas redes sociais por criar miniaturas diferentes todos os dias.

A Japan House São Paulo ainda oferece diversos conteúdos em seu site e em seu canal no YouTube sobre a relação da cultura japonesa com as flores de cerejeira, que inspiraram até o nome dado a um dos mascotes dos últimos jogos paralímpicos, a Someity – uma das variações da sakura.

“No contexto da comunidade japonesa em São Paulo, a sakura desempenha um papel vital na preservação da identidade cultural e na conexão com as raízes ancestrais e festividades, assim, exposições e eventos em sua homenagem são ocasiões que reforçam os laços entre Japão e Brasil”, comenta o Presidente Interino da Japan House São Paulo, Carlos Roza.

Serviço:

Parque do Carmo
Horário de funcionamento: segunda a domingo, das 5h30 às 20h
Endereço: Av. Afonso de Sampaio e Sousa, 951

Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera
Horário de funcionamento: quinta a domingo, das 10h às 17h
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n°– portão 10
Ingressos: entrada gratuita às quintas-feiras; sexta a domingo, R$15,00 a inteira e R$7,00 a meia.

Japan House São Paulo
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Endereço: Avenida Paulista, 52
Entrada gratuita.
Mais informações no site.

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