Em meio a uma enxurrada de denúncias de fraudes, o concurso público da Polícia Militar de Alagoas está temporariamente suspenso. O comunicado foi feito pelo secretário Fabrício Marques, da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (Seplag), durante uma live nesta quarta-feira (14).
“A medida é algo que acreditamos ser necessária neste momento. Durante o período de suspensão, prezando pela lisura e transparência de todo o processo, estaremos atentos e acompanhando todo o desdobramento das investigações já iniciadas pela Polícia Civil alagoana”, informou a pasta, por meio de uma postagem nas redes sociais.
A primeira etapa do certame, as provas objetivas, foi realizada em agosto passado e o resultado divulgado na semana passada. Após a divulgação, veio à tona várias denúncias relacionadas a supostas vendas de gabarito.
“Confiamos na competência total do órgão para elucidar essa questão e reafirmamos o nosso compromisso de que, caso algo seja constatado, as medidas cabíveis serão tomadas”, concluiu a Seplag.
Denúncias
Tudo começou após um homem, com várias passagens pela polícia, ser preso ao comemorar a aprovação no concurso da PM-AL. Sem sequer ter concluído o ensino fundamental, o homem pontuou 100 de 120 pontos da prova, e revelou ter comprado o gabarito.
Na terça-feira (14), com o objetivo de requerer a anulação das provas por suspeita de fraude, os candidatos do concurso da PM-AL, ingressaram com uma ação coletiva no Tribunal de Justiça do Estado.No documento, os candidatos questionaram sobre a correção do exame, realizada pelo o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e a omissão da Seplag.
Os órgãos permitiram a execução das provas, mesmo com a existência de supostas denúncias de venda de gabarito, que surgiram após a primeira fase. Uma petição on-line criada pelos candidatos, ao Ministério Público da União, está sendo divulgada e já conta com cerca de 1.175 assinaturas.
| As informações são do Portal Agora Alagoas